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Agência da ONU para o trabalho interrompe atividades na Rússia BR

Sede da Organização Internacional do Trabalho, OIT, em Genebra
ILO/Marcel Crozet
Sede da Organização Internacional do Trabalho, OIT, em Genebra

Agência da ONU para o trabalho interrompe atividades na Rússia

Paz e segurança

Resolução aprovada pelos Estados-membros da Organização Internacional do Trabalho, OIT, suspende temporariamente cooperação técnica e assistência no país após conflito na Ucrânia por causa do conflito; atividades humanitárias e demais países atendidos pelo escritório para Europa Oriental e Ásia Central não serão afetados; Portugal apoiou o texto e Brasil se absteve.

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, está suspendendo temporariamente a cooperação técnica e assistência à Rússia até o cessar-fogo e a resolução pacífica da ofensiva contra a Ucrânia.

Nesta quarta-feira, a agência da ONU explicou que atividades para fins humanitários seguem normalmente, e que os demais países atendidos pelo escritório para a Europa Oriental e Ásia Central não serão afetados.

Reunião da Organização Internacional do Trabalho, OIT, em 2013
ILO
Reunião da Organização Internacional do Trabalho, OIT, em 2013

Votação

A decisão está prevista na resolução “A agressão da Federação Russa contra a Ucrânia na perspectiva do mandato da Organização Internacional do Trabalho”, aprovada pelos membros da OIT. Foram 42 votos a favor e dois contra, vindos da Rússia e da China. A votação ainda teve oito abstenções, incluindo a do Brasil.

De acordo com o texto, a interrupção dos serviços da OIT no país é baseada na “contínua agressão da Federação Russa, auxiliada pelo governo bielo-russo, contra a Ucrânia”, que é “grosseiramente incompatível” com os objetivos e propósitos da entidade.

A resolução pede ao governo de Moscou que cesse imediatamente e incondicionalmente a ofensiva, retire suas tropas da Ucrânia, acabe com o sofrimento do povo ucraniano e se abstenha de qualquer outra ameaça ilegal ou uso da força contra qualquer Estado-membro.

O documento, redigido e apoiado largamente por países europeus, incluindo Portugal, também cita a questão humanitária.

O texto exige que todas as partes permitam a passagem segura e desimpedida para destinos seguros fora da Ucrânia, inclusive para os marítimos, e pede acesso livre para ajuda humanitária.

A agência da ONU deve continuar a seguir a situação no país e reavaliar a decisão em junho deste ano, na próxima sessão da OIT.