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Em dia mundial, ONU afirma que vida marinha e costeira suporta indústria de 5% do PIB global.

Tubarão baleia no sul da Tailândia
Pnud Tailândia
Tubarão baleia no sul da Tailândia

Em dia mundial, ONU afirma que vida marinha e costeira suporta indústria de 5% do PIB global.

Clima e Meio Ambiente

A 3 de março, marca-se o Dia Mundial da Vida Selvagem; secretário-geral destacou várias ameaças a estes recursos, mas lembrou que “a boa notícia é que as soluções estão disponíveis.”

 O secretário-geral lembrou este domingo que os recursos marinhos e costeiros e as indústrias que eles apoiam valem pelo menos US$ 3 trilhões por ano, ou 3 mil milhões no sistema europeu, cerca de 5% do PIB global.

A 3 de março, marca-se o Dia Mundial da Vida Selvagem. Este ano, o dia é dedicado ao tema “Vida debaixo de água: para as pessoas e para o planeta”.

Ameaças

Este ano, o dia é dedicado ao tema “Vida debaixo de água: para as pessoas e para o planeta”.
Este ano, o dia é dedicado ao tema “Vida debaixo de água: para as pessoas e para o planeta”, by Paul Cowell @wildlifeday.org

Em nota, António Guterres disse que “espécies marinhas fornecem serviços ecossistêmicos indispensáveis”, dando o exemplo do plâncton, que enriquece a atmosfera com oxigênio. Além disso, mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para seu sustento.

A gestão e proteção sustentáveis ​​destes ecossistemas está inscrita nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs, com o Objetivo 14.

O chefe da ONU disse que, hoje, “a vida dos oceanos está sob severa pressão, desde as mudanças climáticas à poluição, à perda de habitats costeiros e à superexploração de espécies marinhas.”

Guterres recorda que cerca de um terço dos peixes consumidos pelos humanos proveem da pesca excessiva e muitas outras espécies, como albatrozes e tartarugas, estão ameaçadas pelo uso insustentável dos recursos oceânicos.

Soluções

Para o secretário-geral, “a boa notícia é que as soluções estão disponíveis.”

Por exemplo, nos locais onde a indústria pesqueira é administrada de forma científica, a maioria das unidades populacionais de peixes tem boas hipóteses de recuperação.

Guterres destacou também os resultados de dois documentos internacionais. A Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas, Cites, que está aumentando a regulamentação das espécies marinhas, e a Convenção sobre Diversidade Biológica, que prepara um quadro global de biodiversidade pós-2020.

O secretário-geral termina a sua mensagem com um apelo, pedindo que “se aumente a consciência sobre a extraordinária diversidade da vida marinha e a importância crucial das espécies marinhas para o desenvolvimento sustentável.” Para Guterres, apenas dessa forma se pode “continuar a fornecer esses serviços para as gerações futuras.”

Cerca de US$ 100 bilhões são precisos para conectar pessoas à banda larga apenas em África
Novas tecnologias podem ajudar a gerir quantidade de peixe pescado, by FAO/Claudia Amico

Riqueza

O oceano contém quase 200 mil espécies já identificadas, mas os números reais podem estar na casa dos milhões.

Em nota, a ONU diz que esta fauna tem sustentado a civilização e o desenvolvimento humanos durante milhares de anos, desde o fornecimento de alimentos e nutrição, até materiais para artesanato e construção. Também enriqueceu a vida humana de forma cultural, espiritual e recreacional.

A organização diz que este dia “é uma oportunidade para celebrar as muitas formas belas e variadas de fauna e flora selvagens e para aumentar a consciência sobre a multiplicidade de benefícios que a conservação proporciona às pessoas.”

Ao mesmo tempo, a data lembra a necessidade urgente de intensificar a luta contra os crimes contra a vida selvagem e a redução de espécies provocadas pelo homem, que tem amplos impactos econômicos, ambientais e sociais.

Outro ODS relacionado com este tema, o número 15, pretende combater a perda de biodiversidade.

Veja aqui, em inglês, o vídeo da campanha:

World Wildlife Day 2019 - Life below water: for people and planet