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OMS: casos de sarampo no mundo quase que duplicam num ano

Analisando por regiões, o sudoeste asiático é a região que registou maior incidência da doença com mais de 73 mil casos, seguida da Europa.
Foto Unicef/ UN0201055/Krepkih
Analisando por regiões, o sudoeste asiático é a região que registou maior incidência da doença com mais de 73 mil casos, seguida da Europa.

OMS: casos de sarampo no mundo quase que duplicam num ano

Saúde

Números preliminares dão conta de 229 mil casos reportados a nível global em 2018; incidência da doença aumenta em todas as regiões; agência da ONU estima que números finais sejam mais negativos. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que o número de casos de sarampo reportados em 2018 aumentou em relação ao ano anterior.

De acordo com a agência, depois de analisar a informação disponibilizada por 183 países, foram registados 229.068 casos no ano passado em todo o mundo.

Contágio

Há um ano, em meados de janeiro de 2018, tinham sido registados 115.117 casos. Os valores agora anunciados representam  quase o dobro.
Há um ano, em meados de janeiro de 2018, tinham sido registados 115.117 casos. Os valores agora anunciados representam quase o dobro.Unicef/ UN066747/Rich

Analisando por regiões, o sudoeste asiático  registou a maior incidência da doença com mais de 73 mil casos, seguida da Europa, 59,578, e  África, 33,879.

Dos casos registados no continente africano, 4,391 tiveram lugar em Madagáscar, onde foi identificado um surto da doença.  

A diretora de Vacinação, Imunização e Biológicas da OMS, Katherine O'Brien, lembrou que “o sarampo não vai a lugar nenhum e é responsabilidade de todos", referindo que “por cada pessoa infetada, até nove ou dez pessoas podem apanhar o vírus.”

Há um ano, em meados de janeiro de 2018, tinham sido registados 115.117 casos. Os valores agora anunciados representam  quase o dobro.

Além de ser potencialmente fatal, os sintomas do sarampo incluem erupções cutâneas, cegueira e inflamação do cérebro. O vírus pode ser transmitido com extrema facilidade, através de tosse ou espirros, podendo sobreviver durante horas em uma gotícula de água.

Katherine O'Brien alerta que esta doença não conhece "fronteiras geográficas ou políticas" observando, no entanto, que desde o ano 2000, as mortes por sarampo caíram mais de 80% "provavelmente salvando cerca de 21 milhões de vidas" neste período.