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Parteiras podem prestar 87% dos cuidados precisos por mães e bebês

Este ano, com a pandemia da covid-19, o Unfpa ressalta os riscos enfrentados por esses profissionais
Unfpa/Elena Heatherwick
Este ano, com a pandemia da covid-19, o Unfpa ressalta os riscos enfrentados por esses profissionais

Parteiras podem prestar 87% dos cuidados precisos por mães e bebês

Saúde

Organização Mundial da Saúde, OMS, diz que parteiras lideram na área dos cuidados de qualidade; agência da ONU lançou a sua campanha anual para promover a lavagem de mãos.

Este sábado, 5 de maio, marca-se o Dia Internacional da Parteira. O tema deste ano é “Parteiras indicando o caminho para cuidados de qualidade”.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, diz que estas profissionais “são essenciais para prestar qualidade de cuidados, em todos os cenários, a nível global.”

Vantagens

Segundo a agência da ONU, parteiras certificadas segundo critérios internacionais podem prestar 87% de todos os serviços necessários pelas mães e recém-nascidos.

Mulheres que recebem cuidados continuados de uma parteira registada têm uma redução de 24% de partos prematuros, menos 16% de possibilidade de perder o bebé e níveis de satisfação com o parto mais altos.

A OMS afirma que “é preciso trabalhar para garantir que todas as mulheres têm acesso a cuidados continuados prestados por uma parteira educada e regulada pelos critérios da Confederação Internacional de Parteiras.”

Problemas  

Apesar das vantagens, muitas destas mulheres não conseguem prestar cuidados de qualidade devido à falta de condições básicas.

Em cerca de 38% dos locais não existe acesso a níveis rudimentares de água, 19% não tem condições sanitárias e 35% não tem água e sabão para lavar as mãos.

Falta de água e condições sanitárias são uma grande causa de sepsia, que afeta três milhões de recém-nascidos, mata cerca de 500 mil e causa um em cada 10 casos de mortalidade materna.

Parteiras são essenciais para prestar qualidade de cuidados, em todos os cenários, a nível global
Unicef/Antoine Raab
Parteiras são essenciais para prestar qualidade de cuidados, em todos os cenários, a nível global

Direitos

A OMS diz que “todas as mulheres e recém nascidos têm direito a cuidados de qualidade que permitam uma experiência de parto positiva.”

Segundo a agência, isso inclui direito a escolher companhia, comunicação clara com o pessoal, estratégias de alívio da dor, mobilidade e posição de parto preferida.

A 5 de maio, a OMS também lança a sua campanha anual para promover a lavagem de mãos. Este ano, a campanha foca-se no controlo e gestão da sepsia.

Apresentação: Daniela Gross