Pnuma nomeia atleta queniana primeira “heroína da montanha”
Sabrina Wanjiku Simader participa nos Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang; novo título pretende chamar a atenção para os problemas climáticos em regiões montanhosas.
Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.
O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, anunciou a esquiadora queniana Sabrina Wanjiku Simader, de 19 anos, como a sua primeira “heroína da montanha”.
O diretor da agência, Erik Solheim, disse que “a voz de Sabrina vai ser importante para chamar a atenção para os problemas ambientais em regiões montanhosas, como as mudanças climáticas, o lixo, e a perda de biodiversidade.”
Leopardo da neve
A atleta nasceu no Quénia, mas cresceu na Áustria, onde foi treinada pelo seu padrasto desde criança. Nas competições, Sabrina usa um fato malhado, inspirado no seu animal favorito, o leopardo da neve.
A queniana diz que “as montanhas estão a mudar devido às mudanças climáticas, o que causa o recuo dos glaciares e ameaça a biodiversidade, incluindo espécies como o icónico leopardo da neve.”
Tráfico ilegal
Sabrina também se juntou à campanha das Nações Unidas Wild For Life, que pretende acabar com o tráfico ilegal de espécies.
Sabrina diz que a região onde treina, Schladming, na Áustria, “já sente os impactos das mudanças climáticas, incluindo com a mudança da temporada de sky, o que tem impacto no turismo de inverno.”
Pioneira
Na segunda-feira, em PyeongChang, na Coreia do Sul, Sabrina torna-se na primeira queniana a participar numa prova de sky nos Jogos Olímpicos de Inverno.
Sabina diz que representar o Quénia e o continente africano nesta competição foi sempre o seu sonho.
O leopardo da neve africano, como conhecida no seu país, diz que o seu grande objetivo é inspirar outras jovens africanas.