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Durban: Onusida destaca “transformação radical” na resposta ao HIV

Conferência Internacional sobre a Sida, Foto: ©International AIDS Society/Rogan Ward

Durban: Onusida destaca “transformação radical” na resposta ao HIV

Conferência Internacional sobre a Sida terminou esta sexta-feira na cidade sul-africana; vice-chefe da agência alerta aos países a não baixarem a guarda para  financiar a resposta.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vice-diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas para o Combate ao HIV/Sida, Onusida, disse esta sexta-feira que este é um momento de investir mais para o fim da epidemia.

Falando à Rádio ONU, de Durban, Luiz Loures afirmou que decisões políticas aliadas à mobilização social e ao investimento ainda fazem uma grande diferença.

Sociedades

O representante abordou os avanços no combate à doença neste século, na sequência do fecho da 21ª Conferencia Internacional sobre a Sida, na cidade sul-africana.

“Em primeiro lugar, pelo progresso na resposta. Se compararmos o que era Durban na ano 2000 e Durban hoje, há uma transformação radical. Pessoas hoje vivendo com HIV estão contribuindo para a sociedade, as crianças estão na escola, as pessoas estão produzindo. Esse não era o quadro em 2000. Existe uma transformação radical pelo progresso na resposta e vou dar o exemplo do tratamento. Mas Durban vai ser marcado pelo reconhecimento que existem desafios extremamente importantes.”

Valor

Para o vice-chefe do Onusida, não é momento para baixar a guarda, apesar de terem sido aprovados recentemente US$ 10 mil milhões de investimento pelos países para financiar ações de resposta até 2020.

Segundo ele, se houver algum atraso, o mundo pode pagar um preço mais alto no futuro para sustentar os progressos.

“É uma questão colocada em qualquer país do mundo. Mesmo aqueles que progrediram mais na resposta ao Sida estão sendo desafiados agora por questões como discriminação e como o estigma que não foram resolvidas, principalmente para populações mais vulneráveis: homens gays, trabalhadoras sexuais, migrantes, prisioneiros e, de uma forma muito particular, mulheres jovens que são discriminadas ou não são incluídas.”

Loures lembrou que há uma ressurgência do HIV nesses grupos e o que vai determinar o futuro da epidemia são fatores relacionados à transmissão do vírus.

Os participantes da conferência reafirmaram que é preciso acelerar a resposta à sida “quebrando obstáculos e promovendo o envolvimento de todos os setores numa abordagem conjunta com governos.”

O objetivo é alcançar as metas da Declaração Política para o Combate ao HIV/Sida e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.