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ONU-Habitat apoia análise do planeamento para cidades de Moçambique

Rua em Maputo, Moçambique. Foto: ONU-Habitat

ONU-Habitat apoia análise do planeamento para cidades de Moçambique

Terceiro maior centro urbano do país, Nampula pode ter quatro vezes mais habitantes em 30 anos; cidades como Tete e Nacala podem deixar de ter terra suficiente; avaliações devem ser acompanhadas por especialistas da ONU.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Representantes de cidades e municípios do centro e norte de Moçambique  abordaram o planeamento urbano num workshop apoiado pela Conferência das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, ONU-Habitat.

A agência promete outros eventos similares que devem ajudar a criar um plano de ação a ser discutido com várias partes, que incluem potenciais investidores.

Desenvolvimento

A nova estratégia deve ter em conta o crescimento rápido, explorar benefícios económicos dos locais com maior concentração da população, melhorar a resiliência urbana e associar o desenvolvimento rural ao urbano.

Os participantes no evento foram do corredor de Nacala, uma das principais áreas económicas do país que junta as cidades de Tete, Nampula e Nacala.

Acesso ao Porto

A região também cobre vastas áreas urbanas e rurais, além de permitir aos vizinhos Malaui e Zâmbia acesso ao porto moçambicano de Nacala.

O grupo de 25 técnicos, líderes da sociedade civil, académicos e representantes do setor privado vai avaliar necessidades de resiliência para as cidades na sequência do workshop de fevereiro  em Nampula.

O ONU-Habitat apoia a série de iniciativas com especialistas que devem fazer parte dessas análises.

Crescimento Rápido

Os participantes na reunião vão identificar uma via para apoiar um desenvolvimento urbano sustentável nas cidades do corredor de Nacala, marcadas por um crescimento rápido.

A manter-se o ritmo de avanços, estima-se que nos próximos 30 anos a cidade de Nampula, a terceira maior de Moçambique, vai crescer dos atuais 700 mil para cerca de 3 milhões habitantes.

Caso continue o ritmo de construção em cidades como Tete e Nacala, "não haverá terra suficiente e vai levar muito tempo para que haja benefícios".

A ONU-Habitat espera que o novo plano inclua necessidades como o reforço de capacidades, o melhoramento das finanças municipais e o fortalecimento a nível nacional.