Diálogo sobre a Líbia retoma nos próximos dois dias em Marrocos
Mediador da ONU assegura que participantes não estão a deixar de fazer parte do processo; Bernardino León disse que a falta de confiança marca o processo para que se chegue a um acordo final.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O representante especial do secretário-geral para a Líbia disse esta quarta-feira que as Nações Unidas vão continuar a trabalhar para um acordo que respeite os princípios do consenso, da inclusão e do equilíbrio tal como o tem feito.
As declarações de Bernardino León foram feitas a jornalistas na cidade marroquina de Skhirat, ao anunciar nova pausa no diálogo.
Confiança e Flexibilidade
O mediador destacou que ainda falta confiança entre os intervenientes, o que em parte explica as dificuldades para chegar a um acordo final e para que haja maior flexibilidade.
Para o responsável, quanto mais próxima a possibilidade de um acordo final, mais serão observadas "posições difíceis".
Pontos de Vista
Entre quinta-feira a sexta-feira, as partes envolvidas nas conversações regressam a Marrocos para "continuar as discussões e iniciar a troca de pontos de vista sobre o governo de unidade".
León frisou que ninguém, incluindo a ONU, poderá decidir pelos líbios e pelos parlamentos rivais do país. O diálogo envolve a Câmara dos Deputados, com sede na cidade de Tobruk, e o Congresso Nacional Geral de Tripoli.
Terrorismo
O responsável afirmou que a expectativa da comunidade internacional é que os líbios resolvam as suas diferenças por haver "terrorismo, máfias de migração, e vários problemas" que afetam o país e o mundo.
León acrescentou que os representantes das partes do processo não estavam a deixar de participar nas negociações, e que a esperança é que um acordo ainda seja alcançado até 20 de setembro.
Leia Mais:
Negociadores líbios chegam a consenso sobre parte do acordo
Parlamentos rivais líbios vão propor nomes para altos cargos no governo