Eleições somalis no modelo "uma pessoa, um voto" podem não ocorrer

Reconhecimento de entidades internacionais surge na sequência Fórum de Parceria de Alto Nível realizado em Mogadíscio; conferência é considerada a maior ocorrida em décadas em território somali; pleito está previsto para 2016.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Um grupo de organizações e países reconheceu que não serão possíveis eleições universais sob o princípio "uma pessoa, um voto " na Somália em 2016. Em nota, o apelo é que estas sejam alcançadas "no próximo ciclo" de governação.

Tratam-se das Nações Unidas, da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, da União Europeia, da Missão da ONU na Somália, Unsom, além dos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Parceria

O grupo saudou os compromissos do Fórum de Parceria de Alto Nível, realizado em Mogadíscio até o fim de semana. Na considerada maior conferência internacional na Somália em décadas, participaram 32 delegações.

De acordo com as previsões iniciais, não devia ser alargado além de setembro de 2016 o mandato do Governo Federal da Somália "independentemente do pretexto".

Essa substituição seria feita após um pleito democrático no princípio "um homem, um voto". As últimas eleições realizadas com base nesse modelo decorreram em 1967.

Melhorias

O grupo disse concordar num processo eleitoral de 2016 baseado em consultas inclusivas nos próximos meses que represente uma melhoria em relação ao de 2012. A meta é que o próximo evento eleitoral seja um passo em direção a eleições universais "uma pessoa, um voto".

A nota destaca que os compromissos do Fórum de Parceria de Alto Nível prevêem um processo eleitoral transparente e inclusivo em 2016, o reforço da segurança e maior rapidez na busca de resultados concretos para o povo somali.

*Apresentação: Denise Costa.

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