Líbios concordam com nova rodada de diálogo politico apoiada pela ONU
Negociações devem acontecer no escritório da Organização em Genebra; objetivo do encontro, organizado pela Unsmil, é chegar a um acordo sobre a gestão do restante do período de transição.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As partes a conflito na Líbia concordaram em realizar, em Genebra nesta semana, uma nova rodada de negociações políticas intermediadas pelas Nações Unidas.
O objetivo é ajudar todos os lados a encontrarem um consenso para encerrar a atual crise política e de segurança. O anúncio foi feito pela Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia, Unsmil, no sábado.
Transição
O principal objetivo do encontro é chegar a um acordo sobre a gestão do restante do período de transição. Isto inclui a formação de um governo de unidade que tenha amplo apoio e prepare o caminho para o processo de adotar uma nova constituição permanente.
Em comunicado, a Unsmil mencionou que as discussões entre os atores líbios também vão buscar colocar em prática acordos necessários para pôr fim a confrontos armados que estão a acontecer em diferentes partes do país.
O acordo para realizar a próxima rodada de diálogo acontece após amplas e intensas consultas do chefe da Unsmil, Bernardino León, com os envolvidos nas últimas semanas. Ele propôs aos lados que interrompessem as operações militares por alguns dias para criar condições para o diálogo.
Consenso
A Missão da ONU destacou que o processo de diálogo político no país é liderado pela Líbia e que seu papel é ajudar a encontrar um consenso.
Segundo a Unsmil este novo diálogo é uma “oportunidade importante para que os líbios restaurem a estabilidade e impeçam que o país deslize em direção à conflito mais profundo e colapso económico” e que esta não deve ser perdida.
A Missão apelou aos principais atores que abordem estas negociações com coragem e determinação e coloquem o interesse nacional acima de todas as outras considerações.
A guerra civil na Líbia começou em 2011 e resultou no derrube do antigo líder, Muammar Kadafi.
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