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ONU apela à lembrança e esperança nos 5 anos do terramoto no Haiti

ONU celebrou vidas e contribuições de funcionários. Foto: ONU.

ONU apela à lembrança e esperança nos 5 anos do terramoto no Haiti

Secretário-geral presta homenagem aos mais de 200 mil mortos; 102 funcionários da organização estavam entre as vítimas;  comandande da força de paz confirma reconstrução e colaboração da Minustah em  planos de contingência de desastres.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Esta segunda-feira, 12 de janeiro, marca os 5 anos após o terramoto no Haiti. Em mensagem, o secretário-geral das Nações Unidas disse que o dia deve ser de lembrança e de esperança de um país estável e próspero.

Ban Ki-moon, que visita a Índia, rendeu homenagem às mais de 200 mil vidas perdidas na tragédia, que incluem 102 funcionários da organização. O chefe da ONU disse recordar-se vivamente da devastação e do sofrimento que testemunhou durante as deslocações que fez ao Haiti após o desastre. O  sismo de magnitude 7 fez mais de 1,5 milhão de deslocados.

Recostrução

Falando à Rádio ONU, de Port-au-Prince, comandante da Força de Paz da Missão das Nações Unidas no Haiti, José Luís Jaborandy Júnior, disse que as suas forças participam na reconstrução e nos planos de contingência de desastres.

"O povo e as instituições haitianas são devidamente apoiados pela comunidade internacional por intermédio da presença da ONU aqui. O país, a sua infraestrutura e a sua massa crítica estão mais preparados para enfrentar desastres naturais. Não da magnitude do terramoto de 2010, porque os efeitos são tão avassalores que é difícil evitar tragédias, mas têm condições para se preparar melhor para uma situação parecida com a que foi vivida em 2010."

Estabilidade Política

Na sua mensagem, o chefe da ONU sublinha que a recuperação do Haiti não tem sido fácil, ao apontar a existência de contratempos ao longo do percurso. Ban disse haver  ainda muito trabalho a ser feito para garantir a estabilidade política e institucional, a governação  democrática e o desenvolvimento sustentável.

Ban afirma ainda que na tristeza há uma promessa de esperança. Na visita ao país, no ano passado, disse ter observado o progresso. Ele saudou aos haitianos pela perseverança e exortou à comunidade internacional a prosseguir o seu apoio em benefício do futuro dos haitianos.

Inspiração

Em homenagem aos sobreviventes, o chefe da ONU disse que a sua  resiliência e comprometimento são uma fonte de inspiração para o mundo.

Na semana passada, as Nações Unidas recordaram-se dos seus funcionários mortos na tragédia num memorial na sede da organização. Ban pediu que, esta segunda-feira, sejam celebradas as suas vidas e contribuições para o Haiti e o seu povo ao reafirmar eterna gratidão pelos seus sacrifícios.