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ONU arranca Missão no Burundi em ano de três eleições no país

Foto: Unama/Jawad Jalali

ONU arranca Missão no Burundi em ano de três eleições no país

De acordo com as previsões, até 5 milhões de burundeses podem votar nas presidenciais, legislativas e locais; processo eleitoral decorre entre março e setembro acompanhado pela Menub.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Missão das Nações Unidas de Observação Eleitoral no Burundi, Menub, reafirmou esta segunda-feira a sua presença nos esforços para restaurar a confiança entre os concorrentes às eleições no país.

As declarações à Rádio ONU, de Bujumbura, foram feitas pelo encarregado de Informação da Menub, Vladimir Monteiro, no primeiro dia de trabalhos da operação que foi aprovada pelo Conselho de Segurança em 2014.

Eleitores

Prevê-se que entre 4 a 5 milhões de burundeses possam votar nas presidenciais, legislativas e locais agendadas para o período entre maio e setembro deste ano.

"Em termos de segurança, o país tem avançado. Isso foi reconhecido pelo secretário-geral nos últimos relatórios. Um dos grandes problemas tem sido o diálogo político. Houve muitos progressos desde 2013, com o roteiro, com o consenso que conduziu a criação do novo código eleitoral. Há um código de boa conduta para as eleições. Mas, de facto, há uma falta de confiança entre as diferentes partes e as Nações Unidas e outros parceiros têm trabalhado nesse sentido."

Guerra Civil

Trata-se das terceiras eleições no país, onde a ONU esteve presente para ajudar na estabilização após 13 anos de guerra civil. A Menub destaca que o objetivo é seguir todo o processo eleitoral.

Ao saudar o lançamento da missão, no sábado, o secretário-geral observou que "eleições pacíficas e credíveis são fundamentais para o povo burundês". A expectativa de Ban Ki-moon é que a oportunidade seja usada para estabelecer a paz e estabilidade do país, que será um dos 20 que preveem organizar pleitos no continente africano em 2015.