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Ao custo de US$ 500 milhões, Unicef quer ampliar esforços contra ébola

Crianças medem a temperatura em centro de tratamento de ébola em Serra Leoa. Foto: Unicef

Ao custo de US$ 500 milhões, Unicef quer ampliar esforços contra ébola

Agência já tem US$ 200 milhões para ajudar países da África Ocidental nos próximos seis meses; apelo financeiro busca garantir enterros seguros de vítimas e treinar 60 mil voluntários.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Foi anunciada esta sexta-feira, em Genebra, a expansão dos trabalhos do Unicef na luta contra o ébola. Para os próximos seis meses, o Fundo das Nações Unidas para a Infância necessita de US$ 500 milhões para ajudar as nações da África Ocidental. Deste total, US$ 200 milhões já estão garantidos.

Com o dinheiro, o Unicef quer combater duas fontes de transmissão do ébola: a falta de enterros seguros dos infectados e fracos sistemas de saúde numa das regiões mais pobres do mundo.

Treinamentos

Além de promover atitudes que podem evitar mais transmissões, o Unicef quer treinar 60 mil voluntários em comunidades da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa, as três nações com mais casos e mais mortes.

A agência da ONU anunciou ainda que já está a se preparar para uma eventual reabertura das escolas e a treinar dezenas de milhares de professores em técnicas de apoio psicossocial e de prevenção do ébola.

Ajuda Alimentar

Outra preocupação da agência é com a proteção e assistência a 10 mil crianças que perderam seus pais, vítimas do ébola. Também em Genebra, o Programa Mundial de Alimentação, PMA, disse que mais de 2 milhões de pessoas nos três países receberam ajudar alimentar desde abril.

Somente em novembro, a agência enviou mais de 10 mil toneladas de comida para mais de 500 mil pessoas na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa. O PMA também fornece apoio logístico e de transporte, especialmente aos parceiros médicos.

Para garantir serviços humanitários até abril de 2015, a agência já recebeu US$ 180 milhões dos US$ 213 milhões necessários. Os cinco maiores doadores foram Alemanha, Banco Mundial, Estados Unidos, Fundo Central da ONU de Resposta de Emergência, Cerf, e Japão.