Deslocados internos na África Oriental aumentam 15% em seis meses
São 1,4 milhão de pessoas a mais que deixaram suas casas em países como Burundi, RD Congo, Etiópia e Somália; dados são do Ocha, que aponta conflitos armados e secas como as principais causas de fuga.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, informou esta segunda-feira que aumentou em 15% o total de deslocados internos na África Oriental em seis meses.
Entre abril e setembro, foram quase 1,4 milhão de pessoas que deixaram suas casas devido a conflitos armados, confrontos intercomunitários, insegurança e também condições climáticas, como secas, chuvas pesadas e deslizamentos de terra.
Países
República Democrática do Congo, Somália, Sudão do Sul e Uganda foram os quatro países da região com o maior número de deslocamentos. Outras nações da África Oriental onde as pessoas se viram forçadas a deixar suas casas foram Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Ruanda, Sudão e Tanzânia.
Até setembro, o número de deslocados internos na região era acima de 11,4 milhões de pessoas. Além da violência, o Ocha destaca que abusos de direitos humanos também levaram cidadãos a fugir das suas casas e a buscar abrigo em outras comunidades ou países vizinhos.
O Sudão, por exemplo, recebe refugiados na sua maioria eritreus e sul-sudaneses. Já o total de somalis em busca de abrigo no Djibouti diminiu devido a melhorias nas condições de segurança em algumas áreas da Somália.