Valor de produtos falsificados deve ultrapassar US$ 1,7 bilião até 2015
UIT aborda adulteração e dispositivos desclassificados das Tecnologias de Informação e Telecomunicação; prejuízos envolvem receitas, dano a marcas e queda de investimentos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A União Internacional para Telecomunicações, UIT, discute desde esta segunda-feira o combate à contrafacção e aos dispositivos desclassificados das Tecnologias de Informação e Telecomunicação, também chamadas TIC.
A agência cita previsões da Câmara de Comércio Internacional a indicar que até 2015, o valor de produtos falsificados no mundo vai ultrapassar US$ 1,7 bilião.
Problema Sério
A UIT reitera que os produtos desclassificados e falsificados são um problema sério que afeta as economias desenvolvidas e em desenvolvimento, a indústria dos TICs e os consumidores a nível global. Uma série de experiências, casos de estudo e iniciativas também foram recolhidos numa consulta online realizada pela agência da ONU.
Os custos e os efeitos negativos do fenómeno variam desde a perda de impostos, direitos e outras receitas até à diminuição de vendas, dos preços e de operações. Os prejuízos incluem a erosão do valor, da imagem e da reputação de marcas e a redução de incentivos para inovar e investir.
Meio Ambiente
Estes fatores juntam-se à má qualidade da prestação e receção de serviços; a riscos para a saúde, para a segurança e para o meio ambiente além da redução do emprego e das taxas de crescimento económico. A estes juntam-se as interrupções de rede e os problemas de operação na área.
Este mês, uma conferência da UIT adotou uma resolução sobre o combate aos falsos dispositivos de telecomunicações e das TIC. Em Dubai, foi aprovada uma outra decisão que inclui como lidar com dispositivos de falsificação de telecomunicações e tecnologias de informação e comunicação.
Troca de Informação
Os documentos reconhecem que o problema é crescente, e realça a coordenação entre as partes envolvidas para estudar o impacto de dispositivos falsificados e o mecanismo para limitá-los e identificar maneiras de lidar a vários níveis. O documento encoraja a troca de informação regionais e globais.
O objetivo do encontro, que termina esta terça-feira, é discutir o alcance do problema e o impacto em várias partes do globo. Os participantes devem identificar preocupações, desafios, iniciativas, práticas e oportunidades comuns para conter a falsificação.