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Ébola: enviado quer redes sociais a desencorajar discriminação

David Nabarro. Foto: ONU/Mark Garten

Ébola: enviado quer redes sociais a desencorajar discriminação

David Nabarro quer combate ao que chama de reações extremas; apelo foi feito a ONGS antes da apresentação na Assembleia Geral, esta quinta-feira, do informe sobre impacto da doença.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O enviado especial do secretário-geral sobre o ébola, defendeu o uso das redes sociais para expressar solidariedade e contrariar a discriminação ligada à doença.

David Nabarro disse que ações similares já veem sendo promovidas em relação ao HIV ao defender que também aconteçam em relação ao ébola. O apelo foi feito a ONGs na sede da ONU antes da apresentação de um informe, esta quinta-feira, na Assembleia Geral.

Aeroportos

O enviado especial disse que até o pessoal das Nações Unidas proveniente dos países afetados foi retido em aeroportos por 24 horas e recebeu um tratamento "como criminosos".

A sugestão é que sejam envolvidos os que, em sua opinião, estão a reagir de formas extremas.

Medo

O enviado considerou "útil para reduzir o medo" a saída do hospital de um médico norte-americano que testou positivo para o ébola, em Nova Iorque, após ter trabalhado na África Ocidental. Craig Spencer recebeu um abraço do presidente da câmara da cidade depois de ter alta, esta semana.

Nabarro expressou satisfação por ver pedidos de doação no Facebook, mas considerou necessário pressionar o que chamou de botão de solidariedade, para reduzir a estigmatização e a discriminação.

Emergência

A Assembleia-Geral deve acompanhar também o informe do chefe da Missão das Nações Unidas para Resposta de Emergência ao ébola, Anthony Banbury.

O destaque será a crise de saúde causada pelo surto, que segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS,  já infetou 14098 pessoas e provocou 5160 óbitos.

*Apresentação: Denise Costa.