São Tomé e Príncipe quer maior cooperação ambiental dentro da Cplp
Chefe da diplomacia do país cita potencial de colaboração com Cabo Verde, Brasil e Portugal; arquipélago revela planos de reter águas das chuvas e reaproveitar na agricultura e produção de energia limpa.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A ministra são-tomense dos Negócios Estrangeiros, destacou a necessidade da cooperação interna na Comunidade de Países de Língua Portuguesa para o avanço de esforços para deter as mudanças climáticas.
Natália Umbelina disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que ações conjuntas intra-Cplp seguir-se-iam a planos individuais e a uma concertação entre os Estados-membros. A governante falou à margem da Cimeira do Clima.
Energias Renováveis
“Nós, por exemplo, temos os mares. Um dos grandes estudos que temos que fazer é sobre os oceanos e mares e Portugal trabalha muito sobre os temas. Temos Cabo Verde que, a nível de energias renováveis, está a avançar 50% da energia do país é renovável. Isto quer dizer que são experiências que podemos passar um ao outro.”
A ministra sublinhou a necessidade de aproveitamento da economia azul, como é conhecida a economia dos oceanos.
Brasil e Parcerias
“Nós, com a Espanha, vamos ter um acordo triangular entre o país, São Tomé e Cabo Verde. Cabo Verde já tem alguma experiência nesta parceria. Por isso podemos partilhar entre nós, com o Brasil, as experiências, os financiamentos e as parcerias para juntos avançar na senda de diminuirmos a quantidade de carbono que emitimos para o mar, embora haja quem emita mais e quem emita menos.”
São Tomé e Príncipe pretende construir mecanismos para reter as águas das chuvas, para que esta seja reaproveitada na agricultura e na energia limpa. Na aposta para a área energética, o país conta com a cooperação da Agência Internacional de Energia Renovável e o Taiwan.
A população do arquipélago sofre os efeitos da invasão de ondas gigantes além da mudança do ciclo das chuvas.