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Onusida e Cruz Vermelha ajudam 15 milhões a tratar HIV

Onusida e Cruz Vermelha ajudam 15 milhões a tratar HIV

Acordo visa aumentar acesso aos testes do vírus da sida e aos medicamentos; três quartos dos pacientes atendidos estão em África.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho assinou uma parceria com o Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida.

As entidades procuram avançar nos esforços para aumentar o acesso a testes do HIV e ao tratamento. A Cruz Vermelha e o Onusida devem combinar os seus conhecimentos e experiências para apoiar a iniciativa “Tratamento 2015”, criada pela ONU.

Compromisso

Há três anos, os países-membros das Nações Unidas firmaram um compromisso de garantir o acesso ao tratamento antiretroviral a 15 milhões de pessoas que vivem com o HIV até 2015.

Ao fim de 2012, cerca de 10 milhões de pessoas já tinham recebido o medicamento com três quartos em África, calcula o Onusida.

O diretor da agência, Michel Sidibé, explica que os voluntários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho fornecem serviços de saúde a milhões de pessoas, incluindo as mais marginalizadas em comunidades de difícil acesso.

Exames

Sidibé acredita que com apoio aos voluntários e reforço dos serviços para os que convivem com o vírus da sida, será possível exceder a meta de ajudar 15 milhões de pessoas até o fim do próximo ano.

O Onusida calcula que apenas metade das pessoas com HIV sabem que têm o vírus e, por isso, considera importante ampliar o acesso aos testes. Exames confidenciais e voluntários são parte central da iniciativa “Tratamento 2015”.

O programa é baseado em três pilares: aumento da demanda para teste e tratamento; mobilização de recursos financeiros e garantia de que mais pessoas tenham acesso igualitário aos exames de deteção do vírus e aos antiretrovirais.

O secretário-geral da Cruz Vermelha, Bekele Geleta, destaca que as décadas de experiência da entidade em campanhas sobre testes de HIV vão ajudar na entrega de serviços às comunidades, nos moldes do que já está a ser feito no Malaui, na Nigéria e no Quénia.

*Apresentação: Eleutério Guevane.