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Prémio para iniciativa que apoia informais moçambicanos por telemóvel

Prémio para iniciativa que apoia informais moçambicanos por telemóvel

Reconhecimento do Escritório da organização em Nairobi foi para esforços de uso de Tecnologias de Informação e de Comunicação para promover a economia verde; comerciantes do país usam serviços que pretendem expandir para a África lusófona.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Escritório das Nações Unidas no Quénia distinguiu, esta quinta-feira, 34 iniciativas como parte do apoio a empresas consideradas promissoras a nível social e ambiental. A ação tem o apoio do Programa da ONU para o Meio Ambiente.

As propostas elegíveis para o Prémio Sementes 2013 são de economias emergentes e de países em desenvolvimento. A cerimónia de premiação decorreu no âmbito da Expo Global de Desenvolvimento Sul-Sul, que termina nesta sexta-feira.

Telemóvel 

No evento realizado, em Nairobi, foi reconhecida uma iniciativa que apoia vários comerciantes informais de alimentos através do telemóvel em países como Moçambique e África do Sul.

Em declarações à Rádio ONU, a fundadora da moWoza, Suzana Moreira, falou da ação das operadoras moçambicanas, chamadas mukheristas, e das vantagens no comércio de alimentos. A iniciativa foi criada há cerca de 18 meses.

Vender Mais

“Acham que os produtos nos grossistas nacionais são muito caros e vão para a África do Sul ao encontro de mercadoria mais barata. A gente está a ajudar a encontrá-los, a custos que elas depois podem fazem uma margem maior. Isto vem ajuda-las a vender mais, colocando-as numa situação melhor para vender mais produtos alimentares com mais opções para o consumidor.”

Economia Verde

Neste ano, o evento destacou esforços do uso de Tecnologias de Informação e de Comunicação para promover a economia verde.

A representante da iniciativa reafirmou a intenção de fazer chegar a atividade a países africanos de língua portuguesa, devido ao impacto do setor informal no continente.

Países Lusófonos

“O setor informal em África é enorme e a interesse de entrar nos mercados de Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e outros. A gente está a desenvolver tecnologia em português porque podemos levar a ideia para qualquer país onde se fala português. A ambição é não somente trabalhar em países falantes de português mas pela África toda!”

Entre os premiados estiveram empreendimentos de África, da Ásia e da América Latina pela oferta de “soluções inovadoras, sustentáveis e escaláveis para os desafios sociais e ambientais.

Pobreza e Alterações Climáticas

Para a ONU, os empreendedores sociais e ambientais podem ajudar a combater a pobreza, as alterações climáticas e os desafios de insegurança alimentar, além do potencial na transição para uma economia verde.

Um Simpósio sobre o tema foi, igualmente, realizado no Pavilhão da Expo do Escritório das Nações Unidas, em Nairobi. O tema foi o “Empreendedorismo Verde: Soluções Locais que Fazem a Diferença.”

*Apresentação: Denise Costa.