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Destacadas reformas para aliviar encargos para fazer negócios em África

Destacadas reformas para aliviar encargos para fazer negócios em África

Guiné-Bissau integra nove nações com mais melhorias; Portugal na melhor posição em relação aos demais países lusófonos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Banco Mundial destaca a África Subsaariana por continuar a lançar um número recorde de reformas para aliviar a carga regulamentar sobre empresários locais.

A informação consta num estudo sobre regulamentação para pequenas e médias empresas em 189 nações. No ano passado, 66 medidas do género foram adotadas pelos Estados da região.

Guiné-Bissau

O Ruanda, o Burundi e a Côte d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, figuram entre as 10 economias globais que mais melhoraram na regulamentação no ramo dos negócios.

Na avaliação das economias da África Subsaariana, a Guiné-Bissau destaca-se por integrar as nove nações com mais melhorias, ao lado do Burundi, da Serra Leoa, do Ruanda, do Togo e do Benim.

Falando à Rádio ONU, de Washington, uma das autoras do relatório, Rita Ramalho, referiu-se ao desempenho de países de língua portuguesa.

“Dentre os países africanos lusófonos, um dos que mais teve melhorias este ano foi Moçambique, que implementou algumas reformas no sentido de simplificar o processo de fazer negócios, o processo logístico relacionado ao comércio transfronteiriço e também simplificou o processo de obtenção de licenças de construção. E Portugal também fez algumas reformas dentre os países lusófonos.” 

Lusófonos

Portugal ocupa o 31° lugar no ranking, tendo a melhor posição comparativamente aos outros lusófonos. O Brasil está na 116ª posição e Cabo Verde tem o melhor desempenho entre os lusófonos africanos, ocupando o 121° lugar.

De seguida, vem Moçambique, na 139ª posição global, sendo os negócios no país mais fácil de serem firmados do que em São Tomé e Príncipe (169° lugar), Angola (179°) e Guiné-Bissau (180°).

Desafios

Neste ano, o desempenho do Sudão do Sul foi avaliado pela primeira vez, após ter-se declarado independente em 2011. O Banco Mundial afirmar que apesar dos desafios, a mais nova nação do mundo aprovou leis sobre sociedade, impostos e insolvência.

O Banco Mundial também divulgou o ranking global sobre a facilidade de se fazer negócios. A lista é liderada por Singapura e na sequência, Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos e Dinamarca.

*Apresentação: Eleutério Guevane.