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Especialistas recomendam agenda para parceiros no combate à malária

Especialistas recomendam agenda para parceiros no combate à malária

Prejuízos anuais devido à doença rondam os US$ 12 biliões por ano em África; doença regista 80% de casos no continente africano e nove em cada dez casos fatais globais.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Peritos da área da malária consideram necessário reforçar a liderança dos Ministros da Saúde de África com uma agenda para os setores com os quais as instituições detém parceria para combater a doença.

Numa reunião realizada em Genebra, os especialistas criaram um plano com base nas discussões sobre o tema, a serem refletidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o período pós-2015.

Estratégias

Os tópicos devem integrar o Plano de Ação Global contra a Malária para o período entre 2016 e 2025 e as estratégias nacionais. A doença regista 80% de casos no continente africano, sendo que a cada dez mortes por malária no mundo, nove ocorrem em África.

A parceria “Fazer Recuar a Malária” refere que em África as doenças relacionadas com a enfermidade têm um custo para a economia de pelo menos, US$ 12 biliões por ano.

Em entrevista à Rádio ONU, de Luanda, o vice-presidente do Fórum de Parceiros Angolanos Contra a Malária, Jaime Molossande, falou do contributo da sociedade civil no contexto do continente.

Papel

“Há que refletir, profundamente, para o papel que as parcerias têm na luta contra a malária. Assim o entendemos nós, os jornalistas, que estão envolvidos na comunicação. Tal como se diz ‘água mole em pedra dura tanto bate até que fura’. Olhamos para os nossos contextos em que as pessoas devem saber o que deve ser o seu papel, porque as causas e as consequências estão identificadas”, referiu.

O Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, disse que determinantes como condições das famílias, práticas agrícolas mais inteligentes e sistemas de saúde mais robustos ajudaram a garantir um maior acesso a programas de transmissão e tratamento da malária.

A administradora-adjunta da agência, Rebeca Grynspan, que participou no encontro, disse não foi somente por meio de redes mosquiteiras e de melhores remédios que a doença foi eliminada no norte da Europa e América do Norte.

Redes

De acordo com especialistas, mais da metade das famílias da África Subsaariana têm pelo menos uma rede mosquiteira tratada com inseticida.

Apesar do aumento da cobertura com as intervenções de controlo dos vetores, considera-se que devem ser integrados os esforços em setores de desenvolvimento para permitir o controlo e a eliminação da doença de forma sustentável.