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Necessários US$ 470 milhões para ajuda humanitária ao Afeganistão

Necessários US$ 470 milhões para ajuda humanitária ao Afeganistão

Autoridades e agências humanitárias falam de apoio ao recorde de cerca de meio milhão de deslocados pelo conflito; Nações Unidas chamam atenção para necessidades devido à transição e ao clima volátil.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O governo do Afeganistão e agências humanitárias lançaram, esta segunda-feira, um apelo humanitário de US$ 471 milhões para ajuda ao país  neste ano.

Um comunicado, publicado em Cabul, chama atenção para a situação da mortalidade infantil e de mulheres grávidas. Estima-se que, diariamente, 165 crianças menores de cinco anos perdem a vida e uma gestante morre a cada 2 horas.

Perigos

O pedido baseia-se também em questões como a insegurança generalizada e a crescente exposição do país aos perigos naturais.

O recorde de cerca de meio milhão de pessoas deslocadas pelo conflito, aliado ao número crescente de assentamentos em áreas urbanas foram, igualmente, apontados como fatores a serem abordados.

Acesso

Entre as prioridades para a resposta humanitária em 2013 estão o aumento da assistência aos deslocados, a minimização do impacto humano de desastres naturais e a garantia de melhor acesso aos necessitados.

O coordenador humanitário da ONU no país, Mark Bowden, alertou para o aumento dos desafios humanitários para os cidadãos comuns. Os fatores referidos são a transição e o clima volátil.

Empenho

Tropas internacionais devem permanecer no Afeganistão até finais de 2014, passando a responsabilidade da segurança às forças do país.

Bowden manifestou o empenho da organização em prosseguir a distribuição da ajuda humanitária aos mais necessitados no período posterior a 2014.

As cinco províncias com as maiores necessidades são Kandahar, Helmand, Nangarhar, Ghazni e de Kunar, onde o conflito continua a provocar um grande número de mortes.

Mark Bowden disse que o apelo do ano passado foi financiado em 48%, tendo exigido uma resposta internacional mais robusta para este ano.