Transição deve propiciar vigência de Direitos Humanos na Síria, diz perito
Em entrevista à Rádio ONU, esta quarta-feira, o presidente da Comissão de Inquérito sobre o país, Paulo Sérgio Pinheiro, referiu que o país guerra civil.está diante de uma "guerra civil."
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O presidente da Comissão de Inquérito sobre Direitos Humanos na Síria defendeu uma solução política e diplomática para o fim da violência e que seja preparada uma transição com condições para que sejam evitadas violações.
Em entrevista à Rádio ONU, Paulo Sérgio Pinheiro, falou do posicionamento do seu painel, diante do que considerou uma “guerra civil.”
Direitos Humanos
“Não há uma solução militar, a Comissão acredita que só uma solução político-diplomática terá condições de cessar esta escalada da violência e preparar a Síria para uma transição política que tenha condições de estabelecer a vigência dos direitos humanos para a imensa diversidade que há na Síria.”
Pinheiro classificou a situação de “desesperadora” e fez lembrar que a Comissão não obteve permissão para entrar na Síria. Vários relatos têm chegado a partir de entrevistas pela internet e de testemunhos de sírios que fugiram para países vizinhos.
Relatório
Um novo relatório sobre a violência na Síria será apresentando ao Conselho de Direitos Humanos a 17 de setembro, com informações do período compreendido entre Fevereiro a Julho.
A ONU estima que até 17 mil pessoas podem ter morrido desde o início dos combates entre tropas do governo e opositores do presidente Bashar al-Assad.
Nesta quarta-feira, a chefe do Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Valerie Amos, encerrou uma viagem oficial à Síria antes de partir para o Líbano, que é destino de milhares de sírios.
*Apresentação: Eleutério Guevane.