No Uganda, ONU debate desafios da engenharia biomédica em África
Primeira escola de verão sobre inovação no setor decorre até sexta-feira; ECA, continente gasta muito a importar equipamentos médicos caros, mas boa parte das máquinas não é utilizada.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A inovação da engenharia biomédica em África é tema de um curso que decorre esta semana em Campala, no Uganda. A escola de verão é promovida pela Comissão Económica da ONU para África, ECA, em parceria com universidades locais.
Segundo a ECA, o continente gasta valores altos com a importação de equipamentos médicos caros. Mas uma boa parte do material não é utilizada ou funciona por pouco tempo, devido às limitações para a sua instalação e manutenção.
Desafios
No curso, estudantes são incentivados a propor ideias inovadoras, robustas e práticas para o uso dos equipamentos biomédicos. A ECA destaca que as propostas têm de ir ao encontro dos desafios particulares de África.
Um representante do Ministério da Saúde do Uganda citou dificuldades do país em instalar e consertar as máquinas de hospitais devido à falta de pessoal qualificado e experiente para a tarefa.
Propostas
Os estudantes apresentaram mais de 20 projetos, incluindo uma máquina simples e barata para eletrocardiogramas; um dispensário automático de medicamentos e um telemóvel com sensores para sinais vitais.
Uma equipa escolheu as nove melhores propostas, que serão avançadas pelos alunos até esta sexta-feira.
*Apresentação: Eleutério Guevane.