Guterres apela por mais apoios para malianos, na visita ao Burkina Faso
Mais de 250 mil deslocados do conflito estão abrigados nos países vizinhos; de acordo com o Acnur, crise é agravada pelas chuvas irregulares, colheitas perdidas e subida dos preços alimentares.
[caption id="attachment_207936" align="alignleft" width="350" caption="António Guterres "]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O alto comissário da ONU para Refugiados pediu mais apoios para os malianos dispersos na África Ocidental, no início de visita de três dias ao Burkina-Faso.
Juntamente com a Mauritânia e o Níger, o país acolhe mais de 250 mil deslocados do conflito iniciado no princípios deste ano.
Impacto
De acordo com o Acnur, a visita de António Guterres visa analisar a situação humanitária tida como “cada vez mais crítica”, além do seu impacto nos países vizinhos.
Em Janeiro, uma ofensiva levada a cabo pelos rebeldes Tuaregue e seus aliados culminou com o controlo do norte do país em Abril. O Acnur refere que, a nível interno, cerca de 167 mil malianos teriam deixado as suas casas.
Chuvas Irregulares
Na deslocação, iniciada esta terça-feira, o alto comissário faz-se acompanhar pela secretária de Estado adjunta para a População, Refugiados e Migração dos Estados Unidos, Anne Richard.
Chuvas irregulares, colheitas perdidas e preços elevados dos alimentos associados a conflitos são tidos como fatores que levaram à existência de mais de 10 milhões de necessitados de assistência de emergência na região.