Burundi e Gabão apontados como exemplos de abolição da pena de morte
Secretário-Geral deplora condições de execução e de sofrimento dos condenados; segundo a ONU, mais de 150 países não realizam o ato.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Secretário-Geral da ONU pediu esta terça-feira a abolição da pena de morte aos países que ainda a aplicam.
Ban Ki-moon destacou o exemplo do Burundi e do Gabão que com a renúncia, aumentaram para mais de 150, o de Estados a prática deixou de ser implementada.
Lei Internacional
Num painel sobre o tema, organizado pelo Escritório de Direitos Humanos, Ban ressaltou que “tirar a vida de um ser humano é muito absoluto, muito irreversível, mesmo quando apoiado por um processo legal.”
De acordo com o Secretário-Geral, o “direito à vida está no coração da lei internacional dos direitos humanos.”
Menores
A preocupação Ban Ki-moon prende-se com o fato de alguns países condenarem jovens menores de 18 anos à pena de morte. O Secretário-Geral também indicou que 32 nações ainda usam a prática para crimes relacionados às drogas.
Ban Ki-moon ressaltou que “onde a pena de morte persiste, a condições dos que esperam pela execução são muitas vezes terríveis, agravando o sofrimento.”
Em 2007, a Assembleia Geral aprovou um apelo para o fim da prática e, desde então, a pena de morte foi abolida em alguns países, incluindo a Argentina.
*Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.