Barroso promete que não haverá cortes na ajuda ao desenvolvimento
Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, aborda expectativas de recuperação europeia em debate de Alto Nível sobre economia; zona euro contribui com mais de metade dos fundos para ajuda a mais de 160 países.
[caption id="attachment_216208" align="alignleft" width="350" caption="José Manuel Durão Barroso"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O presidente da Comissão Europeia disse, esta quinta-feira, que a ajuda pública ao desenvolvimento não será comprometida devido às dificuldades causadas pela crise económica na zona euro.
José Manuel Durão Barroso discursava, em Nova Iorque, no debate de Alto Nível “O Estado da Economia Mundial e das Finanças e o seu Impacto no Desenvolvimento 2012". O representante lembrou que o bloco contribui com mais de metade dos fundos que apoiam acima de 160 países.
Recuperação
Em conversa com a Rádio ONU, na Assembleia Geral das Nações Unidas, Barroso abordou as expectativas de recuperação da Europa com o contributo de economias emergentes como o Brasil.
“Estamos cada vez mais interdependentes mas a União Europeia vai ser capaz de responder a estas dificuldades. É uma das grandes economias emergentes, o Brasil, e com certeza que isso é uma oportunidade não apenas para a UE, que é um dos grandes parceiros do país, e para todos no mundo”, disse.
Crescimento
Barroso disse acreditar que a União Europeia será capaz de responder às dificuldades de recuperação pós-crise. Ele sublinhou ainda que, atenta ao crescimento do resto do mundo, a zona euro carece de consolidação, de reforma estruturais e de investimentos.
Nesta sexta-feira, Barroso participa na cimeira do G-8 em Camp David.
No evento da ONU, o Secretário-Geral falou de mais de 200 milhões de pessoas que perderam empregos desde o início da crise, em 2008, e pediu uma nova dinâmica na economia global.
Desenvolvimento
Ban Ki-moon disse que tema será abordado na Cimeira de Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro, a decorrer de 20 a 22 de Junho.
Por seu turno, o presidente da Assembleia Geral Nassir Abdulaziz Al-Nasser pediu uma rápida recuperação para “acelerar o desenvolvimento, melhorar o emprego, e tirar 1 mil milhão de pessoas da pobreza.”