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RD Congo controla surto de cólera na maior parte do país

RD Congo controla surto de cólera na maior parte do país

Mas a doença ainda preocupa em outras duas áreas da nação africana incluindo a capital Kinshasa.

[caption id="attachment_209526" align="alignleft" width="350" caption="Foto: OMS"]

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O principal surto de cólera, que infetou milhares de pessoas na República Democrática do Congo, RDC, está praticamente controlado mas novos casos surgiram em outras áreas do país.

De acordo com o Escritório das Naçóes Undias para a Assistência Humanitária, Ocha, o governo da província de Equateur vai anunciar em breve o fim do surto na região após três semanas sem novos casos.

Cautela

No entanto, o Ocha adverte para a necessidade de cautela, já que várias áreas da província vão manter-se sob vigilância.

Apesar de o surto em Equateur parecer controlado, novos casos de cólera foram registados em outras duas província do país. Em Kinshasa, a capital, e no Kivu Sul, no extremo oriental. Na capital foram registados 351 novos casos e pelo menos 13 mortos nas últimas três semanas.

O Ocha adverte que as más condições higiénicas da população de Kinshasa, mais de oito milhões de pessoas, deixa antever um novo surto de cólera no país, e o rio que banha a capital é um meio eficaz de transporte da doença para outras regiões.

E no Kivu Sul, entre os dias 19 e 25 de dezembro, registaram-se 70 novos casos de contaminação, o que também deixou as autoridades e responsáveis humanitários em alerta.

Balanço preocupante

No total, 575 congoleses morreram devido a este recente surto de cólera e mais de 21,500 pessoas foram  infetadas.

Não ter acesso à água potável e as más condições sanitárias estão na origem da maior parte das infeções.

A cólera provoca infeções intestinais agudas. O período de incubação da bactéria é muito curto. Os sintomas passam por diarreia, que provoca desidratação intensa se não for tratada a tempo.