Perspectiva Global Reportagens Humanas

Plano de Ação Africano contra acidentes rodoviários e insegurança

Plano de Ação Africano contra acidentes rodoviários e insegurança

As mortes derivadas de acidentes na estrada, têm consequências negativas na economia africana; cada ano que passa, morrem principalmente jovens, perdendo o continente o seu capital humano de futuro.

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

Começou esta quarta-feira a semana da Segunda Conferência Africana de Segurança Rodoviária, em Nova Iorque.

O objetivo é de examinar e validar o Plano Africano de Ação da Segurança Rodoviária que vai abranger os próximos 10 anos e de criar uma estratégia de mobilização para sua implementação.

OMS

De acordo com o Serviço de Informação e Comunicação da Comissão Económica da ONU para África, ECA, tem-se verificado um aumento da taxa de mortalidade no continente africano por acidentes rodoviários.

A Conferência tem como base o primeiro relatório de feridos de acidentes rodoviários realizado em 2009 pela Organização Mundial da Saúde, OMS; Relatório sobre o Estatuto Global da Segurança Rodoviária – Tempo para Agir; e pretende ilustrar as complexidades que envolvem esta fenómeno de mortandade nas estradas. Entre os temas debatidos estão as causas das mortes dos feridos, o efeito devastador nas vítimas e a repercussão disto na economia africana.

Todos os anos morrem mais de 1,2 milhão de pessoas devido a acidentes nas estradas em todo o mundo, 65 por cento dos quais são peões que não possuem carros, de acordo com o Diretor da Divisão da Integração Regional, Infraestrutura e Comércio da ECA, Stephen Karingi. E 35 por cento dos peões são crianças.

Mortalidade juvenil

Em números, os acidentes rodoviários são a segunda maior causa de mortes na faixa etária dos 5 aos 44 anos de idade, dos países africanos. Para Karingi, numa região em que metade da população tem menos de 16 anos, os acidentes tornam-se uma ceifadora de jovens e rouba a África o futuro capital humano.

Ainda de acordo com Karingi, o custo económico dos acidentes rodoviários nos países africanos atinge US$ 10 mil milhões por ano, o que constitui 2 por cento do PIB africano.