ONU quer acção para 115 milhões de viúvas em pobreza extrema
Total de viúvas ronda os 245 milhões; Secretário-Geral aponta que no meio de dificuldades, muitas oferecem contributo na liderança de países e comunidades.
[caption id="attachment_199161" align="alignleft" width="350" caption="Michelle Bachelet, na cerimônia do Dia Internacional das Viúvas."]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Pelo menos 115 milhões de viúvas vivem em situação de pobreza extrema, apontam as Nações Unidas. Em dados publicados para marcar o primeiro Dia Internacional das Viúvas, celebrado neste 23 de Junho, a ONU indica a existência de mais de 245 milhões de mulheres que perderam os seus maridos.
A comemoração visa chamar a atenção para os seus desafios, incluindo a perda das suas fontes de rendimento além da rejeição social observada em várias culturas.
Programas Sociais
Num evento que teve lugar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a directora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, pediu maior acção em prol de programas sociais para as viúvas.
A antiga presidente chilena apontou que há muito tempo tem faltado atenção do mundo para as viúvas. Ela acrescentou que o primeiro Dia Internacional das Viúvas é o primeiro passo para a promover o respeito dos seus direitos em todas as regiões e culturas.
Contributo
Na mensagem alusiva à data, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon disse que, apesar das dificuldades as viúvas contribuem como líderes dos seus países e comunidades aos mais altos níveis.
Ban considerou vital a proteção do grupo de mulheres, através da observação dos direitos previstos na Convenção da Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e outros tratados internacionais de direitos humanos.
O Secretário-Geral fez notar que a interpretação de códigos costumeiros, como rituais funerários e de luto, negam frequentemente os direitos universalmente reconhecidos às viúvas.