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Mais de 600 mil africanos protegidos da contaminação pela malária

Mais de 600 mil africanos protegidos da contaminação pela malária

Em mensagem, Secretário-Geral diz que doença ainda mata 781 mil pessoas por ano, a maioria crianças; Nações Unidas querem erradicação até 2015.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Investimentos globais para combater a malária protegeram mais de 600 mil africanos da contaminação desde 2008, refere o Secretário-Geral da ONU, em mensagem sobre o Dia Mundial de Combate à Malária.

De acordo com Ban Ki-moon, em todo o mundo, a doença continua a matar 781 mil pessoas, a maioria crianças. Ele referiu que a organização pretende erradicar a doença até 2015.

Esforços redobrados

Para atingir o objectivo da ONU, Ban Ki-moon disse que é preciso escalar as medidas que estão a gerar resultados, além de testar e tratar, o mais cedo possível, pacientes com suspeita da doença.

A malária é uma das maiores causas de morte entre crianças com menos de cinco anos. Segundo as Nações Unidas, o sucesso no combate à doença é vital para melhorar a saúde de mulheres e crianças em todo o mundo, especialmente em África.

Em declarações à Rádio ONU, o chefe do Centro de Pesquisa Diagnóstico e Treinamento em Malária da Fundação brasileira Oswaldo Cruz, Claudio Ribeiro, do Rio de Janeiro, indicou que persistem perigos da malária que devem ser urgentemente abordados.

Consultas e Aconselhamento

"Morrem pessoas por falta de diagnóstico não só em Nova Iorque como dezenas em África. É preciso fazer consultas e aconselhamento com quem entende muito para saber quais são os riscos, incluindo o da quimioresistência. Acho que a questão principal é da informação e de evitar o contacto com o mosquito."

Parceria com agências internacionais ajudaram a distribuir cerca de 300 mil redes com insecticidas contra o mosquito que transmite a doença.

Por outro lado, a prevenção dentro de casa também impediu que 75 milhões de pessoas desenvolvessem a malária. Somente no ano passado, 750 mil mortes foram evitadas.

Ban pediu a todas as agências parceiras que aumentem a sua participação na luta contra a doença.

Uma destas iniciativas é uma campanha interactiva na internet que recolhe doações de qualquer quantia para a compra de redes mosquiteiras para refugiados africanos. (http://www.nothingbutnets.net)

Uma exposição de fotos, na sede da ONU em Nova Iorque, nesta segunda-feira, vai premiar 25 meninos e meninas que combatem a doença.

*Apresentação: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.