Triplica número de funcionários humanitários mortos em conflitos, diz ONU
Pesquisa do Escritório da ONU para Assistência Humanitária aponta para a morte de 100 funcionários por ano em países como Somália, Afeganistão e Paquistão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 100 funcionários humanitários morrem anualmente, vítimas de ataques em zonas em risco, refere um estudo publicado esta terça-feira pelo Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha.
A pesquisa "Permanecer e Cumprir", em tradução livre, que foi lançada esta terça-feira em Nova Iorque, aponta que os casos fatais de trabalhadores humanitários da ONU triplicaram nos últimos 10 anos.
Situações de Risco
De acordo com o estudo, ataques lançados recentemente no Afeganistão e Cote d'Ivoire, "sublinharam a dimensão das situações de risco de segurança a que os actores humanitários estão expostos."
A maioria das mortes ocorre em áreas de conflito como o Afeganistão, Paquistão e Somália, onde a violência aumentou de forma significativa, realça o documento.
Além de aconselhar sobre práticas que permitiram que organizações trabalhem em áreas de risco e garantam protecção e serviços a pessoas necessitadas, o estudo clarifica a importância de princípios como humanismo, neutralidade, imparcialidade e independência.