Energia Atómica deve ter nova abordagem após crise no Japão, defende Aiea
Agência pede a países a aprender com lições de Fukushima Daichi; Segundo agências de notícias, foram liberados níveis baixos de radioatividade no oceano, nesta segunda-feira.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O director-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Yukiya Amano, pediu uma mudança de abordagem à energia nuclear, após a crise na central japonesa de Fukushima Daichi.
Amano discursou, nesta segunda-feira, na sede da Aiea em Viena, na abertura da sessão da Convenção para a Segurança Nuclear. Ele pediu aos países para aprender com as lições do acidente, após o terramoto e maremoto de 11 de Março.
Água Radioativa
De acordo com agências de notícias, foram libertados níveis baixos de radioatividade da central de Fukushima Daichi no oceano.
O objectivo seria despejar 11,5 mil toneladas para dar espaço ao armazenamento de água mais radioativa, no segundo reactor.
Moradores do Japão dizem que o país ainda está a sentir as réplicas do terramoto, semanas após a tragédia. Foi o que disse à Rádio ONU, de Mooka, a 150 km de Fukushima, o pastor brasileiro, Eduardo Tanabe.
Albergues
"Ainda está tendo muito abalo e tremores. A situação ainda não se acalmou totalmente por causa da radioatividade na usina nuclear, muitos estrangeiros estão retornando."
Em todo o país mais de 160 mil pessoas continuam a viver em albergues improvisados.