Onusida apoia pesquisa sobre seropositivos em Moçambique
A agência da ONU aponta a questão do estigma e discriminação como um dos graves impedimentos à luta contra a doença no país; o estudo pretende oferecer um cenário mais realista sobre a situação.
Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Sida, Onusida, vai apoiar a realização de um estudo sobre o estigma e discriminação de pessoas que vivem com HIV, em Moçambique.
A pesquisa decorrerá a partir de Abril nas províncias moçambicanas mais afectadas pelo Sida: Maputo e Gaza, e visa fornecer um cenário mais realista sobre o estigma e discriminação no país.
Mais Afectados
Esta ferramenta poderá orientar a elaboração de futuras políticas nacionais que abordem as questões de direitos humanos de pessoas vivendo com o HIV/Sida e melhorar a implementação do Plano Estratégico Nacional do período 2010-2014.
Moçambique é um dos 10 países mais afectados pelo HIV/Sida na África Subsaariana, com uma seroprevalência estimada em 11,5%, segundo as Nações Unidas.
A encarregada de parcerias do Onusida em Moçambique, Maria Branquinho, disse à Rádio ONU, em Maputo, que o estigma e discriminação constituem um dos graves impedimentos à luta contra a doença no país.
"A questão do estigma e discriminação é um dos maiores obstáculos para que as pessoas procurem os serviços, os cuidados quando precisam. Estes dados apenas vão permitir refinar, alinhar, direcionar melhor as intervenções, daí a importância de ser ter estudos com evidências claras que possam apoiar nestas questões mais programáticas", afirmou.
O índice de estigma resulta de uma parceria entre o Onusida, Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional, a Federação Internacional de Planeamento Familiar, Rede global de Pessoas Vivendo com HIV e a Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV.