Nova fase da operação de emergência para refugiados marfinenses
Mais de 22,5 mil refugiados marfinenses na Libéria beneficiam da segunda fase da operação desenvolvida pelo Programa Mundial de Alimentação; pessoas estão a fugir da violência causada pelo impasse pós-eleitoral.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, deu início esta quinta-feira a segunda fase da operação de emergência, que prevê a distribuição de alimentos a mais de 22,5 mil refugiados marfinenses na Libéria.
Os beneficiários estão alojados em 23 aldeias situadas ao longo da região fronteiriça entre os dois países, onde buscam abrigo.
Fuga
A onda de fuga foi causada pelo impasse político após a segunda volta das eleições presidenciais, nas quais os candidatos Laurent Gbagbo e Alassane Ouattara conclamaram vitória.
A comunidade internacional reconheceu Alassane Ouattara como presidente-eleito.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, estima em 25 mil o número de marfinenses que fugiram para a vizinha Libéria, com 600 novas chegadas diárias.
Confrontos
Nesta quarta-feira, o Secretário-Geral da ONU demonstrou profunda preocupação com os desenvolvimentos em Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
Ban Ki-moon deplorou confrontos recentes entre forças de segurança de Laurent Gbagbo e apoiantes de Alassane Ouattara, no bairo de Abobo, nos arredores da capital, Abidjan.
Segundo informações, os incidentes resultaram em seis mortos. Ele advertiu contra futuros ataques levados a cabo pelas forças leais a Laurent Gbagbo.