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Segurança humana é essencial para avanços nos territórios palestinianos

Segurança humana é essencial para avanços nos territórios palestinianos

Relatório patrocinado pelo Pnud afirma que desenvolvimento sustentável não será possível até os palestinianos assumirem o controle de assuntos económicos e do meio ambiente, particularmente nas áreas de comércio, recursos hídricos e fronteiras; documento foi lançado em Ramallah.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A segurança humana é indispensável para o desenvolvimento e a sua ausência nos territórios palestinianos ocupados tem impedido progressos para a população que vive na área.

A afirmação consta do relatório sobre "Desenvolvimento Humano na Palestina 2009-2010", elaborado por uma equipa independente e patrocinado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

Liberdade e Dignidade

Divulgado no domingo, o documento aborda diversas facetas da segurança humana, incluindo economia, saúde, meio ambiente e política, numa perspectiva de liberdade e dignidade.

O relatório afirma que o desenvolvimento sustentável não será possível até os palestinianos assumirem o controle de assuntos económicos e do meio ambiente, particularmente nas áreas de comércio, recursos hídricos e fronteiras.

A educação e a saúde são citadas no estudo como sectores onde os palestinianos fizeram progressos, aproveitando as oportunidades que lhes foram oferecidas. Por outro lado, a economia nacional tem sido alvo de crescente fragilização devido a um controle apertado.

O documento revela também que os palestinianos não têm qualquer autoridade sobre o seu espaço aéreo, águas territoriais, recursos naturais e instrumentos macroeconómicos.

Plataforma Essencial

O representante especial do Pnud, Jens Toyberg-Frandzen, que lançou o relatório em Ramallah, juntamente com o primeiro ministro Salam Fayyad, disse que a segurança humana é a plataforma essencial para o desenvolvimento.

O documento recomenda uma estratégia para promover a continuidade territorial, integração económica, coesão social, soberania e reconciliação política nos territórios ocupados.