ONU diz que não vai abandonar a Somália
Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária afirma que as organizações humanitárias têm lutado para manter as suas actividades, apesar da exigência de pagamentos para garantir segurança, raptos e assassinatos.
[caption id="attachment_174648" align="alignleft" width="175" caption="ONU na Somália"]
Ana Ventura Miranda, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária afirmou que as Nações Unidas não têm intenção de abandonar a Somália apesar da conjuntura em que as operações estão a decorrer.
A porta-voz do Ocha em Genebra, Elizabeth Byrs, disse em conferência de imprensa esta sexta-feira que apesar da retirada do Programa Alimentar Mundial, várias agências das Nações Unidas vão continuar a operar no sul do país.
Operações
Byrs acrescentou ainda que as organizações humanitárias têm lutado para manter as suas actividades, apesar da exigência de pagamentos para garantir segurança, raptos e assassinatos.
A porta-voz do Programa Alimentar Mundial em Genebra, Emilia Casela, disse que as actividades humanitárias no sul da Somália continuam suspensas, mas que o PAM pretende retomar as operações na região assim que a segurança dos funcionários esteja assegurada.
Na passada terça-feira a agência da ONU encerrou temporariamente os seus escritórios no sul do país, deslocando funcionários e abastecimentos alimentares para áreas mais seguras.
Ameaças
Funcionários de agências da ONU no terreno têm sido vítimas de ameaças e ataques por parte de grupos armados, como a milícia Al-Shabaab que controla a região.
A suspensão das actividades deixou mais de um milhão de pessoas carenciadas sem distribuição de alimentos.
O PAM diz que está em contacto com a administração local e está aberto ao retorno das operações humanitárias.