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Cruz Vermelha pede mais acção para reduzir risco de desastres

Cruz Vermelha pede mais acção para reduzir risco de desastres

Cinco anos após o tsunami que matou centenas de milhares de pessoas em vários países da Ásia e África Oriental, o órgão disse que a tragédia de 26 de Dezembro de 2004 criou uma oportunidade única: a construção de comunidades mais fortes e mais seguras.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Cruz Vermelha e seus parceiros apelaram à comunidade internacional para honrar os seus compromissos e fortalecer os esforços de redução dos riscos de desastres na região da Ásia e Pacífico.

Num comunicado divulgado para marcar os cinco anos desde a ocorrência do tsunami que matou centenas de milhares de pessoas em regiões litorais da Ásia e leste da África, a Cruz Vermelha indica ter levado a cabo o maior programa de construção permanente de casas na história do órgão.

Tragédia

Mais de 50 mil casas e outras infraestruturas comunitárias foram constuídas na Indonésia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Tailândia e Índia.

O chefe da unidade da Cruz Vermelha para o tsunami, Al Panico, disse que a tragédia criou uma oportunidade única: a construção de comunidades mais fortes e mais seguras.

Ele afirmou que casas, hospitais e escolas foram reconstruídas, adiantando, contudo, que o processo de recuperação vai mais longe. Panico afirmou que não existe qualquer justificação para não fazer mais no sentido de proteger essas comunidades contra futuros desastres.

O comunicado indica que a redução do impacto de desastres tem norteado os esforços de recuperação da Cruz Vermelha nas nações mais afectadas pelo tsunami.

Ameaças

O órgão apelou aos governos da região, doadores, meios de comunicação social e ao público em geral para apoiarem e promoverem acções de prevenção, como os sistemas de alerta imediato, que são cruciais para ajudar as comunidades em risco a adaptarem-se ao crescente número de ameaças associadas ao clima na área.

Segundo dados da ONU, o tsunami de 26 de Dezembro de 2004 matou cerca de 230 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.