Perspectiva Global Reportagens Humanas

Moçambique espera acordo em Copenhaga

Moçambique espera acordo em Copenhaga

Ministra moçambicana diz à Rádio ONU, na capital dinamarquesa, que é imperativo não desperdiçar os esforços negociais dos últimos meses.

[caption id="attachment_174197" align="alignleft" width="175" caption="Alcinda Abreu"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A ministra do Meio Ambiente de Moçambique, Alcinda Abreu, disse que continua esperançada de que um consenso será encontrado na conferência sobre Alterações Climáticas em Copenhaga.

Falando à Rádio ONU, na capital dinamarquesa, ela afirmou que é imperativo não desperdiçar os esforços negociais de muitos meses na procura de um acordo para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

Compromisso

A poucas horas do fim da reunião, Alcinda Abreu realcou que Moçambique gostaria de assistir à emergência de um acordo em Copenhaga para combater o aquecimento global.

"Espero que nas próximas horas haja um compromisso que defina prazos e algumas metas a serem alcançadas no decurso do trabalho que foi iniciado", afirmou.

A ministra moçambicana descreveu o impacto das alterações climáticas no seu país como uma tragédia.

"O impacto adverso das mudanças climáticas afecta a coisa mais essencial da humanidade que é a vida humana. Há pessoas morrendo em Moçambique e em África por causa das cheias. Há problemas sérios com a seca, temos problemas graves com os ciclones e temos refugiados causados pelo clima" disse.

Promessa

Alcinda Abreu saudou também a promessa de ajuda financeira aos países pobres para programas de mitigação e adaptação a mudanças climáticas.

"O dinheiro é bom e é necessário. Moçambique também quer ter acesso a esses recursos. Queremos ter também tecnologia e equipamentos para transformar a água dos rios que está salgada em água potável" explicou.

A conferência sobre Alterações Cimáticas está agendada para terminar esta sexta-feira.