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Ban recebe relatório sobre repressão na Guiné-Conacri

Ban recebe relatório sobre repressão na Guiné-Conacri

Documento foi preparado por comissão de três especialistas independentes criada pela ONU ; Ban Ki-moon enviará depois o documento a todas as partes relevantes, incluindo o governo guineense, a União Africana, o Conselho de Segurança da ONU e a Comunidade de Estados da África Ocidental, Cedeao.

[caption id="attachment_171978" align="alignleft" width="175" caption="Ban Ki-moon"]

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, já começou a examinar o relatório da Comissão Internacional de Inquérito criada pelas Nações Unidas para investigar a repressão sangrenta de manifestantes da oposição, no mês de Setembro, na Guiné-Conacri.

Um comunicado do seu porta-voz divulgado esta quinta-feira indica que Ban recebeu o documento e está a estudar o seu conteúdo.

Especialistas

A nota adianta que o Secretário-Geral enviará depois o relatório a todas as partes relevantes, incluindo o governo guineense, a União Africana, o Conselho de Segurança da ONU e a Comunidade de Estados da África Ocidental, Cedeao.

O documento é baseado no trabalho realizado por uma equipa de três especialistas independentes que visitaram Conacri entre 25 de Novembro e 4 deste mês.

A comissão é presidida pelo argelino Mohamed Bedjaoui, que já foi ministro dos Negócios Estrangeiros e embaixador do seu país na França e nas Nações Unidas.

Os dois outros membros da equipa são Françoise Kayiramirwa, antiga ministra dos Direitos Humanos e da Solidariedade Social do Burundi e Pramila Patten das Maurícias, que pertence ao Comité da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra Mulheres.

Repressão

Pelo menos 150 manifestantes morreram, muitos outros ficaram feridos e vária mulheres foram violadas quando tropas do governo abriram fogo sobre uma manifestação pacífica na capital do país, a 28 de Setembro.

A repressão foi condenada por vários altos funcionários da ONU, incluindo Ban Ki-moon e a Alta Comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay.