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600 mil fumantes passivos morrem por ano

600 mil fumantes passivos morrem por ano

Relatório da OMS ressalta que doenças que matam fumantes ativos são as mesmas para quem está apenas exposto à fumaça, como câncer e problemas cardíacos; mais de 94% da população mundial continua desprotegida, sem leis anti-fumo.

[caption id="attachment_158080" align="alignleft" width="175" caption="Luta contra tabaco"]

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.

Apenas 5,4% da população global está protegida por leis contra o fumo do tabaco, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde.

O número significa que 154 milhões de pessoas não estão mais expostas aos perigos relativos ao fumo em locais de trabalho, restaurantes, bares e outros espaços públicos fechados.

Ativos

A OMS informa que sete países adotaram leis anti-fumo em 2008, entre eles Colômbia, Guatemala, Panamá e Turquia, subindo para 17 o número de nações com medidas similares.

Apesar do progresso, a agência da ONU ressalta que mais de 94% da população mundial continua desprotegida por legislação adequada.

Mais de 5 milhões de fumantes ativos morrem todos os anos em decorrência do vício. Trata-se da principal causa evitável de morte no mundo e o número deve subir para 8 milhões de óbitos até 2030 se medidas preventivas não forem adotadas.

Outras 600 mil pessoas perdem as vidas prematuramente em consequência do fumo passivo, como disse à Rádio ONU de Genebra, na Suíça, a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira.

Passivos

" Pode ser infarto, pode ser câncer, são doenças realmente muito sérias, quer dizer, são os mesmos problemas do que para um fumante ativo só que as doses são menores e precisa mais tempo para desenvolver a mesma doença", afirmou.

O relatório da OMS indica que medidas urgentes são necessárias e ajudam a combater o problema, como o monitoramento do uso do tabaco e políticas preventivas, assistência aos fumantes, alertas sobre os perigos do fumo, esforços em banir a publicidade desse mercado e o aumento de taxas.