Acabar com a fome no mundo é prioridade, diz Ban

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou à tomada de medidas imediatas para combater o flagelo da fome no mundo; apelo foi lançado na abertura da Cimeira Mundial sobre Segurança Alimentar que decorre em Roma até quarta-feira.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova Iorque*.

Mais de 17 mil crianças morrem de fome por dia, uma a cada cinco segundos, o equivalente a seis milhões por ano, apesar do planeta ter alimentos suficientes para todos.

O alerta foi dado esta segunda-feira pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da Cimeira Mundial sobre Segurança Alimentar, em Roma, na Itália.

Fome

O evento decorre até quarta-feira, 18 de Novembro, e é promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

Ban Ki-moon lembrou aos líderes de dezenas de países presentes na cimeira que existem mais de mil milhões de pessoas famintas em todo o mundo.

O Secretário-Geral da ONU afirmou que o custo da crise alimentar para a Humanidade tem sido enorme, e que milhões de famílias têm sido empurradas para a fome e a pobreza.

Ele apelou a acção imediata para soluções a longo prazo, um dia após jejuar em solidariedade aos famintos do mundo.

Flagelo

Ban mencionou uma série de medidas que podem ser tomadas para combater o flagelo agravado pelas mudanças climáticas e pelo aumento da população que, segundo ele, chegará aos 9 mil milhões de pessoas em 2050. Ao crescimento populacional equivale a necessidade de aumento de 70% na produção alimentar.

De acordo com o Secretário-Geral da ONU, acções como ajuda alimentar, redes de segurança e protecção social são fundamentais.

Ban Ki-moon sublinhou ainda a relação entre a alimentação e a crise provocada pelo aquecimento global, e voltou a pedir um acordo para a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, prevista para Dezembro em Copenhaga, na Dinamarca.

*Apresentação: João Duarte, da Rádio ONU em Londres.