ONU debate corrupção durante fórum em Doha (Português Brasil)
Em encontro promovido por agência das Nações Unidas que trata do combate ao crime, o diretor-executivo do órgão, Antonio Maria Costa, afirmou que a corrupção é, ao mesmo tempo, causa e consequência da crise financeira global.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova York.
A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção será revista nesta segunda-feira, durante um fórum promovido pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, Unodc, em Doha, no Qatar.
O encontro reúne mais de 1 mil representantes de 125 países para reavaliar a Convenção, que entrou em vigor em dezembro de 2005.
Crise Financeira
Segundo agências de notícias que citam fontes presentes no fórum, a corrupção custa aos países US$ 1, 6 trilhão por ano.
Na abertura do evento, o diretor-executivo do Unodc, Antonio Maria Costa, afirmou que o crime é, ao mesmo tempo, causa e consequência da crise financeira global.
Ele criticou os governos de todo o mundo por terem permitido que o sistema econômico saísse do controle.
E para reverter o quadro negativo, Antonio Maria Costa pediu que os Estados reconheçam a Convenção da ONU contra a Corrupção como um meio de se retomar a confiança na política e nos negócios.
Revisão
Até a conclusão do encontro, na sexta-feira, o Unodc espera que os países assinem um acordo que permita a criação de um mecanismo para revisar os progressos, os desafios e as falhas no combate a esse crime.
A agência defende que a corrupção pode ser prevenida e que ela não deve ser naturalizada com parte das negociações cotidianas.