OIT cria empregos em regiões que emergem de conflitos
A iniciativa tem como objectivo garantir estabilidade e promover o desenvolvimento sócio-económico nessas áreas; política de incentivo ao trabalho vai começar a ser implementada em cinco países: Timor-Leste, Nepal, Burundi, Cote d’Ivoire e Serra Leoa.
Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova Iorque*.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, lançou nesta quarta-feira, em Genebra, na Suíça, uma nova política de criação de empregos para regiões que emergem de conflito.
A iniciativa, que conta com o apoio de mais 19 agências e programas da ONU, tem como objectivo garantir estabilidade e promover o desenvolvimento sócio-económico nessas áreas.
Desmobilização
A nova política vai começar a ser implementada em cinco países: Timor-Leste, Nepal, Burundi, Côte d'Ivoire e Serra Leoa.
A iniciativa é dividida em três etapas: estabilização do território, reintegração social e, por fim, criação de novos empregos a longo prazo.
Para colocá-la em prática, a ONU vai contar com o apoio dos governos e dos empresários locais.
O director-executivo do sector de empregos da OIT, José Manuel Salazar, afirmou que, no caso do Iraque, por exemplo, a desmobilização do exército deixou mais de 350 mil soldados desempregados.
Conflitos
Já o conflitos no Afeganistão, ainda segundo Salazar, resultou em mais de 2 milhões de deslocados internos, que precisam de incentivos para se reintegrarem na sociedade.
A pedido do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, a OIT, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, continuará a implementar os projectos de incentivo ao trabalho em outros países que passaram por conflitos.
*Apresentação: Carlos Araújo, Rádio ONU, Nova Iorque.