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Pillay pede inquérito a violência na Guiné Conacri (Português África)

Pillay pede inquérito a violência na Guiné Conacri (Português África)

Navi Pillay disse estar chocada com relatos de que mulheres foram violadas e que membros da oposição foram presos de forma arbitrária durante a onda de violência no dia 28; mais de 130 pessoas foram mortas quando as forças de segurança dispararam contra uma manifestação da oposição.

[caption id="attachment_162945" align="alignleft" width="175" caption="Navi Pillay"]

Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu esta quarta-feira a abertura de um inquérito independente para investigar o que descreveu de "banho de sangue" na Guiné Conacri.

Na segunda-feira, forças de segurança do país dispararam contra uma manifestação pacífica da oposição, matando mais de 130 pessoas.

Ciclo de Impunidade

Num comunicado divulgado em Genebra, na Suiça, Pillay disse estar chocada com relatos de que mulheres foram violadas e que membros da oposição foram presos de forma arbitrária durante a onda de violência no dia 28.

A Alta Comissária afirmou que o "banho de sangue" não pode ficar a fazer parte do ciclo de impunidade que envolveu a Guiné Conacri durante décadas.

Navi Pillay sublinhou a necessidade de uma investigação independente e imparcial sobre todas as violações de direitos humanos para levar à justiça os responsáveis por execuções sumárias e violações sexuais.

Ela notou também que abusos semelhantes ocorreram no passado, particularmente em Junho de 2006 e Fevereiro de 2007.

Junta Militar

No início da semana, em Nova Iorque, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, deplorou o que descreveu de uso excessivo da força na Guiné Conacri.

O país da África Ocidental é governado por uma junta militar que assumiu o poder pela força logo após a morte do presidente Lassana Conté, em Dezembro do ano passado.

*Apresentação: Carlos Araújo, Rádio ONU, Nova Iorque.