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Países pobres precisam de US$ 1,4 mil milhão para combater A(H1N1)

Países pobres precisam de US$ 1,4 mil milhão para combater A(H1N1)

A OMS disse que espera receber 300 milhões de doses de vacina contra a nova gripe para distribuir em 90 países que não podem comprá-las; agença indica que administração rápida dos antivirais reduz o risco de complicações da doença e melhora a evolução clínica do paciente.

Pollyana de Moraes, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, reforçou nesta sexta-feira a importância do tratamento rápido com os antivirais Tamiflu e Relenza para pacientes com a gripe A(H1N1).

Em comunicado, a agência da ONU disse que a administração rápida desses medicamentos reduz o risco de complicações da doença e melhora a evolução clínica do paciente.

Tamiflu

O órgão também chamou a atenção dos serviços de saúde para o monitoramento de possíveis casos de resistência aos antivirais. Até o momento, laboratórios parceiros da OMS detectaram e caracterizaram 28 espécies do vírus A(H1N1) resistentes ao Tamiflu.

Apesar do alerta, a agência realçou que outras dez mil espécies estudadas em laboratório se mostraram sensíveis ao medicamento.

O órgão lembrou ainda que os casos de resistência a esses antivirais são raros e que não há registos de vírus resistentes da nova gripe a circularem entre comunidades. Mesmo assim, para evitar riscos, a OMS não recomenda o uso desses medicamentos para fins de prevenção à doença.

Apoio

Outro comunicado da agência divulgado nesta sexta-feira disse que serão necessários U$ 1,4 mil milhão para dar apoio aos sistemas de saúde dos países em desenvolvimento no combate à nova gripe. A OMS espera receber 300 milhões de doses de vacina contra o A(H1N1) para distribuir em 90 países que não podem comprá-las.

Os últimos dados da agência mostram que quase 4 mil pessoas morreram por causa da doença em 191 países e territórios.

*Apresentação: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.