ONU condena morte de ministro Somali em atentado (Português África)
Ataque suicida matou também líderes comunitários e civis inocentes; director-geral da Unesco condenou morte de um jornalista em Mogadíscio, num ataque a 7 de Junho.
Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A ONU juntou-se esta quinta-feira a várias organizações internacionais na condenação da morte do ministro da Segurança da Somália, Omar Hashi Aden, num atentado suicida em Beledweyne, 300 Km a norte de Mogadíscio.
Um comunicado conjunto da ONU, União Africana, União Europeia, Liga de Estados Árabes e Agência Intergovernamental de Desenvolvimento afirma que a acção demonstra mais uma vez que os extremistas não olharão a meios nos seus esforços para derrubar o governo legítimo do país.
Reconciliação
O ataque matou o ministro somali, vários dirigentes comunitários e civis inocentes.
As várias organizações pedem ao governo da Somália para não abandonar os seus esforços de reconciliação apesar de crimes violentos cometidos por uma pequena minoria.
O comunicado afirma que os extremistas são uma ameaça para o país, para a região da África Oriental e para a comunidade internacional.
A violência no país do Corno de África continua também a matar jornalistas.
Rádio Shabelle
O director-geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, condenou esta quinta-feira o ataque de 7 de Junho na capital contra dois jornalistas. Muktar Mohamed Hirabe morreu imediatamente e Ahmed Omar Hashi ficou gravemente ferido.
Hirabe, de 48 anos, é o quinto jornalista assassinado este ano na Somália. Ele era o director da Rádio Shabelle, uma das mais populares do país. Três repórters desta estação já foram mortos desde Janeiro.
Os dois jornalistas encontravam-se num mercado da cidade quando foram atacados por homens não identificados.