Perspectiva Global Reportagens Humanas

Actriz portuguesa visita projectos na Guiné-Bissau

Actriz portuguesa visita projectos na Guiné-Bissau

Catarina Furtado vai inaugurar bloco operatório no hospital de Gabu, no nordeste do país; apresentadora de televisão vai também preparar reportagens sobre as dificuldades das mulheres e bebés durante a maternidade.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A embaixadora de Boa Vontade do Fundo da ONU para a População, Unfpa, Catarina Furtado, está a efectuar uma visita de uma semana à Guiné-Bissau.

A deslocação enquadra-se num projecto para a redução da taxa de mortalidade materna e neonatal no país.

Reportagem

A actriz e apresentadora de televisão portuguesa chegou na segunda-feira à capital guineense. Um dos destaques da visita será a inauguração do bloco operatório do hospital de Gabu, no nordeste do país.

A infraestrutura foi construida com uma doação de cerca de US$ 750 mil do governo de Portugal e da Rádio Televisão Portuguesa, RTP.

Durante a visita, Catarina Furtado fará igualmente a recolha de imagens para uma série de quatro documentários intitulados "Dar Vida sem Morrer" a passar pela RTP.

O primeiro episódio foi exibido em Fevereiro deste ano e incluiu uma reportagem feita pela embaixadora da agência da ONU durante a sua primeira visita à Guinè-Bissau, em 2008.

Maternidade

Numa entrevista à Rádio ONU, de Bissau, Catarina Furtado disse que o objectivo do programa é mostrar as dificuldades que as mulheres e bebés enfrentam durante a maternidade.

"Constatei e filmei mortes, filmei as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, enfim uma série de questões que são a realidade na Guiné-Bissau. Durante a minha primeira viagem participei também no lançamento da primeira pedra do projecto em Gabú que visa reduzir a mortalidade materna e neonatal nas zonas de Gabu e Mansoa" disse.

Mortalidade

Segundo dados da ONU, a taxa de mortalidade materna na Guiné-Bissau situa-se entre as mais elevadas da África Subsaariana: cerca de 11 óbitos em cada 1 mil nascimentos vivos.

Catarina Furtado disse ter ficado chocada e sensibilizada com a situação das grávidas no país.

"Eu estive em outros países nomeadamente Moçambique, Timor, São Tomé, Cabo Verde e de facto apesar de todas as dificuldades a taxa de mortalidade não é tão elevada como aqui na Guinè-Bissau" afirmou.

A vista de Catarina Furtado à Guiné-Bissau termina esta sexta-feira.