ONU preocupada com situação de crianças no Sri Lanka (Português para África)

Representante do Secretário-Geral pediu ao rebeldes para libertarem imediatamente todas as crianças que ainda se encontram na área de conflito; continua a aumentar o número de menores mortos ou feridos.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Representante Especial de Ban Ki-moon para Crianças em Conflitos Armados, Radikha Coomaraswamy, disse estar horrorizada com a deterioração da crise no Sri Lanka e o seu impacto sobre crianças.

Numa nota divulgada esta terça-feira, ela afirmou que as crianças não podem ser tomadas como reféns ou recrutadas por grupos militares.

Zona de Conflito

Coomaraswamy pediu ao grupo separatista Tigres de Libertação do Tâmil Eelan para libertarem imediatamente todas as crianças que ainda se encontram na zona de conflito.

Na nota, ela indica que um número muito elevado de menores morreram ou foram feridos pelos confrontos. A representante especial de Ban Ki-moon revela também que está a negociar com o governo do Sri Lanka o envio de um enviado para o país para avaliar em primeira mão a situação das crianças.

Alimentos

Na frente humanitária, a ONU indicou esta terça-feira que 50 mil pessoas permanecem presas na zona de conflito no norte do país. Um total de quase 200 mil pessoas já atravessaram a linha da frente e encontram-se agora em áreas controladas pelo governo.

O Programa Alimentar Mundial, PAM, disse que necessita de US$ 40 milhões para comprar comida para alimentar os milhares de deslocados no Sri Lanka.

A agência das Nações Unidas afirma ter enviado cerca de 150 toneladas de alimentos para as regiões mais afectadas. A comida é suficiente para alimentar as pessoas deslocadas durante cinco dias.