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Gilberto Gil destaca contribuição africana

Gilberto Gil destaca contribuição africana

Músico brasileiro participou num concerto em memória das vítimas da escravidão na sede da ONU; ele disse que o evento foi uma oportunidade para o mundo aprender mais de África e com África.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque*.

O cantor e ex-ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que o mundo está a viver um novo momento no processo da consciência negra.

Ele fez a declaração na quarta-feira, após uma entrevista a jornalistas sobre um evento, na Assembleia Geral, para lembrar as vítimas da escravidão.

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Consciência

"Eu acho que estes momentos são cada vez mais importantes. Tomada de consciência, percepção sobre caminhada, sobre metas, sobre direcções, sobre linguagem, sobre como estabelecer equilíbrio entre povos, nações e continentes. Tudo isso, eu acho que é um momento planetário. A civilização planetária é uma só."

O concerto, "Quebre o Silêncio, Toque o Tambor", encerrou, na ONU, as comemorações do Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, marcado neste 25 de Agosto.

Gilberto Gil afirmou que o evento constituiu uma oportunidade para o mundo aprender mais da África e com a África. E lembrou uma de suas músicas que cita a capital de Angola, Luanda.

Cultura

"Este continente esquecido e que, no entanto, tem dado contribuições tão incríveis como esta. Estamos aqui, nós afrodescendentes de vários talhes, de várias dimensões nas artes, nos esportes, na cultura, na ciência. E tantas coisas, na força de trabalho, uma contribuição extraordinária. Neste sentido que digo que quem não sabe onde é Luanda, não saberá dar valor. Nem a nós, afrodescendentes, nem a toda a civilização ocidental", afirma.

Também participaram no evento o rapper Akon que nasceu no Senegal, além de outros artistas dos Estados Unidos, da África do Sul e de Gana.

*Apresentação: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.